Foi realizada na noite de ontem (08), no Centro de Formação São José Operário, a primeira reunião de organização da festa em honra a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. A festa este ano terá início dia 27 de agosto e o encerramento dia 05 de setembro, com uma procissão solene e celebração eucarística.
Dentro da construção do festejo foram apresentadas pelos pe. Júlio e Washington as equipes que darão os direcionamentos do festejo, na perspectiva de escolha de nomes que possam coordenar cada uma. Os destaques ficaram por conta da continuidade de um espaço saúde, e outro que possa oportunizar aos devotos serviços essenciais, tais como certidões e emissões de documentos.
Foram formadas as equipes de: coordenação geral, infraestrutura, social, cultura, finanças e patrocínio, liturgia/ornamentação e comunicação .No dia 28 será realizada uma reunião com todas as equipes do festejo e no dia 29 a ideia é promover um encontro com toda a coordenação, composta por um membro de cada grupo.
Participaram deste primeiro encontro membros das várias pastorais/grupos e movimentos da paróquia.
A festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é celebrada no dia 27 de junho, mas devido a proximidade das datas com a festa do padroeiro da paróquia São José Operário, realiza-se a festa em agosto.
A devoção dos redentoristas
Em Janeiro de 1855, os Missionários Redentoristas adquiriram “Villa Caserta” em Roma, onde estavam as ruínas da Igreja e do Convento de São Mateus. Sem perceber, eles tinham adquirido o terreno que tinha sido escolhido pela Virgem para seu santuário. Iniciou-se então a construção de uma igreja em honra do Santíssimo Redentor e dedicada a Santo Afonso Maria de Ligório, fundador da Congregação. Em dezembro de 1855, um grupo de jovens começava seu noviciado na nova casa. Um deles era Michele Marchi.
Em 1863 uma pregação do padre jesuíta, Francesco Blosi, intrigou os redentoristas, pois dizia que ali havia sido venerado um ícone de grande devoção de Nossa Senhora. Também o cronista da comunidade encontrou alguns escritos sobre antiguidades romanas que diziam que naquela igreja havia um antigo ícone da Mãe de Deus, que gozava de “grande veneração e fama por seus milagres”. Padre Marchi então recordou que sabia onde estava este quadro, seu antigo conhecido da época de coroinha.
A missão
Com esta informação, o Superior Geral, Padre Nicholas Mauron, apresentou uma carta ao Papa Pio IX, na qual ele pedia à Santa Sé que lhe concedesse o ícone do Perpétuo Socorro, para que voltasse ao seu lugar. O papa concedeu a licença e disse: “Fazei-a conhecida no mundo inteiro!”. Em janeiro de 1866, os redentoristas buscaram o quadro, que passou por um processo de restauração, tendo sido exposto à veneração em 26 de abril de 1866, na Igreja de Santo Afonso, hoje também conhecida como Santuário Internacional de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. A ilha de Creta esteve durante muitos séculos dominada pelos muçulmanos, que destruíram muitos documentos cristãos, por isso nada se descobriu sobre a origem do milagroso ícone, nem mesmo na igreja onde ele era venerado antigamente. É uma pintura em têmpera, sobre uma placa de madeira de lei, de 21 por 17 polegadas, em estilo bizantino, onde se enlaçam a arte e a piedade, a elegância e a simplicidade. Dizem os entendidos que deve ser uma das diversas cópias do retrato da Virgem Santíssima feito por São Lucas e que o pintor era grego, porque são helênicas as letras das inscrições.
Da Igreja de Santo Afonso a devoção se expandiu para todo o mundo, levada pelos missionários redentoristas.
A mensagem
Ícone é o nome dado a uma pintura que, não sendo apenas um quadro ou uma obra de arte, é carregada de significados sagrados e leva seu observador à oração. O Ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é formado por quatro figuras: Nossa Senhora, o Menino Jesus e dois arcanjos. A aparição dos arcanjos com uma lança e a cruz mostra ao Menino Jesus os instrumentos de sua Paixão. Assustado corre aos braços da Mãe. Por causa do movimento brusco desamarra a sandália. Maria o acolhe com ternura e lhe transmite segurança. O olhar de Nossa Senhora não se dirige ao Menino, mas a nós. Porém, sua mão direita nos aponta Jesus, o Perpétuo Socorro. As mãos de Jesus estão nas mãos de Maria. Gesto de confiança do Filho que se apoia na Mãe. Na riqueza de seus símbolos, o ícone bizantino tem ainda muito a revelar.