Durante a reflexão na missa- novena solene a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro desta terça-feira (19), na Paróquia São José Operário, o arcebispo da arquidiocese de Teresina, Dom Jacinto Brito, falou do fermento usado no nosso pão e no pão eucarístico.
A partir do evangelho de Marcos 8, 14-21, em que Jesus diz: “tende cuidado com o fermento dos fariseus e de Herodes”. Dom Jacinto explicou que Cristo nos mostra a malícia colocada através da astúcia e da atitude dos dois; a malícia e falsa aparência para tirar proveito para si mesmo, e adverte sobre este fermento, para que nossa vida não seja contaminada pela malícia e falsa aparência deles.
“Herodes era do povo de Israel, mas colocado como representante do Império Romano. Ele para estar sempre de cima, se colocava ao lado dos opressores para não perder o poder, oprimindo seu próprio povo, sendo infiel a fé dos seus pais”, contextualizou Dom Jacinto Brito.
Em sua fala o arcebispo enfatizou também Nossa Senhora, que através de sua humildade foi exemplo para nós. E que nessa humildade reconhecemos quem somos nós, e quem é Deus, nos colocamos na atitude de: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa Palavra”, como se canta no Magnificat. “Não nos deixemos contaminar pelo vírus da malícia e falsa aparência, para enganar o irmão e até o próprio Deus”, enfatizou o arcebispo metropolitano.
Dom Jacinto chamou atenção para o falso moralismo e destacou o que papa Francisco chama de piedade mascarada, aparentemente um ato de piedade, um ato religioso, que por debaixo está à vaidade humana, não o desejo de agradar a Deus, mas o ato de se sobressair, se utilizando da dureza com os outros, mas consigo a benevolência.
“Aprendamos com nossa Senhora, não negando os valores, mas sabendo que acima de nós está aquele que nos criou, nos salva e nos quer perto dele”, concluiu Dom Jacinto Brito.
Na ocasião o Arcebispo agradeceu o serviço prestado por pe. Carlos Alberto de Holanda, que exerceu a função de pároco a frente da Paróquia São José Operário durante nove anos.