A Igreja do Brasil entende que se faz urgente discutir, neste momento, a esse tema, pois, apesar de possuir menos de 3% da população mundial, nosso país responde por quase 13% dos assassinatos do planeta. Em 2014, foram 59.627 mortes. “A motivação para a escolha do tema da CF deste ano são os altos números da violência do Brasil, que tem índices maiores do que muitos países que estão em guerra atualmente. Isso é um dado preocupante. Como Igreja, não podemos deixar de oferecer uma resposta. Queremos nos empenhar para uma sociedade reconciliada, fraterna e de paz e fraterna. Somos chamados a sermos agentes que lutam e dão a vida para que nossa sociedade seja pacífica. Juntos nós queremos superar a violência”, disse padre Luís Fernando da Silva, secretário executivo das campanhas da CNBB.
A Campanha objetiva sensibilizar aos cristãos e não cristãos apara semearem a “paz, que é fruto da justiça” aos homens, e mulheres e a todas as demais formas de vida que habitam o planeta.
“O homem, ao exercitar e buscar o lucro, além de coisificar a vida humana e ampliar o abismo da desigualdade socioeconômica, onde em que ricos e pobres são ‘organizados’ em classes sociais, ele violenta toda criação de Deus, em cuja obra está toda obra do criador e nela a espécie humana, criada à sua imagem e semelhança. Essa arbitrariedade e desejo de dominação, que foi se tornando inerente à espécie humana, tem produzido violência física, psicológica e social em todas as classes sociais, contudo, a qual sua percepção e efeito recaem anos mais empobrecidos, que estão epermanecem ameaçados, pelo poder e controle dos mais ‘fortes’, que acreditam ter poder e dominação sobre os mais fracos, que sofrem às múltiplas formas de violência”, afirma Antônio Evangelista, membro da equipe nacional de campanhas da CNBB.
Para a CNBB, a Campanha da Fraternidade é o momento ideal onde em que Igreja e sociedade se propõem a dialogar, a fazer uma reflexão sobre a violência no Brasil. “Igreja e sociedade têm que se unirem, estabelecerem diálogo para, por meio deste, superar a violência. Mas como fazer para superá-la? Superamos cada vez que descobrimos que podemos contar uns com os outros, e também quando nos descobrimos irmãos e irmãs e lutamos por uma sociedade mais fraterna”, enfatiza padre Luís Fernando.
Os trabalhos da Campanha da Fraternidade serão baseados no em seu texto-base, que já está à disposição em todas as dioceses e paróquias brasileiras.
Coleta
Uma data importante durante a Campanha da Fraternidade é o dia da Coleta Nacional da Solidariedade, que será realizado no dia 25 de março (Domingo de Ramos). A Coleta trata-se de um gesto concreto, em que todas as cujas doações financeiras realizadas pelos fiéis neste dia, durante as missas, serão encaminhadas para parte do Fundo Nacional e Diocesano de Solidariedade.